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domingo, 17 de julho de 2011

Mouhamed Harfouch, de 'Cordel', fala de personagem mulherengo: 'Já apanhei na rua'

Com vasta carreira no teatro, o ator fala do reconhecimento na TV.
Fernando Schlaepfer/- EGO

Mouhamed Harfouch posa na Lapa: carioca típico  e sendo reconhecido nas ruas

Com 17 anos de carreira, boa parte dela vivida no teatro, Mouhamed Harfouch, 33 anos, começa a ter um reconhecimento diferente por causa do libanês Farid, a quem dá vida na TV, em “Cordel Encantado”. São as confusões do personagem com suas três mulheres que tem feito o ator ser reconhecido nas ruas, ser alvo de brincadeiras e até de uns puxões de orelha.

“Um vez, uma senhora veio, me deu um abraço, mas logo em seguida ela se deu conta de que eu era o Farid. Daí, começou a dar uns tapinhas no meu braço e dizer: ‘Seu safado!’. Foi muito engraçado. Tem uns caras que me param na rua para dizer que meu filho na novela vai me dedurar. Já teve guardador de carro pedindo para eu dar uma das minhas mulheres para ele”, conta rindo.

Mas não é só isso. O personagem na trama das seis tem feito Mouhamed
mergulhar em suas raízes árabes, e é claramente inspirado no pai do ator, que é sírio.

“Muitos amigos dizem que é meu pai todinho na TV, e olha que ele nem tem o sotaque todo do Farid. Mas as melodias do personagem começaram a nascer das minhas lembranças, do meu pai, que é um imigrante. Às vezes ligo para ele me dizer uma palavra ou expressão, e anoto no meu texto”, conta Mouhamed, que é um típico carioca criado no Leblon e frequentador da Lapa e do Baixo Gávea. Confira mais!

Cara de...
“O Farid é libanês, em ‘Pé na Jaca’ fazia um argelino, tenho alguns personagens nordestinos no currículo, e muita gente acha que eu sou paulista. Mas sou um carioca típico, criado no Leblon, que já tentou pegar onda uma época (risos), participava de um grupo de teatro na Lapa.”

Reconhecimento
“Desde que comecei a fazer novela, senti uma diferença. O Farid é um personagem delicioso, figura em um núcleo muito gostoso, tem três mulheres, além de ser em uma novela que conquistou todo mundo. Na segunda semana no ar, tinha gente me chamado de Farid na rua. Esse reconhecimento maior veio com ‘Cordel Encantado’. Estou tendo o gostinho de ver as pessoas curtindo a história do Farid, que tem uma coisa meio Seu Quequé, de ‘Rabo de Saia’, do Tabaco, de ‘Roda de Fogo’. Foi um desafio ainda pegar um personagem que tem um sotaque diferente, a coisa da cultura árabe, aí eu bebo muito na minha origem.”

 Fernando Schlaepfer/EGO 
Referências
“Eu me inspirei muito no meu pai. Muitos amigos dizem que é meu pai todinho na TV, e olha que ele nem tem o sotaque todo do Farid. Mas as melodias do personagem começaram a nascer das minhas lembranças, do meu pai, que é um imigrante. Às vezes ligo para ele me dizer uma palavra ou expressão, e anoto no meu texto. Além disso, essa convivência está me ajudando a mergulhar nas minhas origens. Nunca estive na Síria, mas assim que der, quero conhecer o país.”


Puxão de Orelha
“Tem gente que defende uma ou outra, gente que quer que eu fique com as três. Em uma das primeiras vezes em que fui reconhecido, estava no telefone quando uma senhora veio, me deu um abraço, mas logo em seguida ela se deu conta de que eu era o Farid. Daí começou a me dar uns tapinhas no meu braço e dizer: “Seu safado!”. Foi muito engraçado. Tem uns caras que me param na rua para dizer que o meu filho na novela vai me dedurar. Já teve guardador de carro pedindo para eu dar uma das minhas mulheres para ele, outro me perguntando se eu ainda recebo salário no final do mês para ter que ficar com as três. A mais engraçada foi da vez que eu estava no supermercado com a minha mulher, já pagando as compras, com uma fila enorme, e um cara me grita do final da fila: ‘Farid, eu sou igual a você! Tenho duas mulheres!’. A fila inteira me olhou, minha mulher não sabia onde enfiar a cara. Quem não sabia que eu era da novela devia pensar que eu era mesmo um safado(risos). Achei que as mulheres é quem fossem me odiar mais, mas não é o que eu percebo de um modo geral nas ruas. Como ele é engraçado, acho que isso ameniza o lado mulherengo dele.”

TV Globo/-Divulgação

Farid em ação na trama de 'Cordel': mulherengo

Brasileiro é mulherengo
“Acho que rola uma identificação do brasileiro com o Farid. O brasileiro é quente, a sexualidade no Brasil está muito à flor da pele. O meu personagem tem uma brincadeira na hora de ir para a cama, uma coisa lúdica, ele chama a mulher de Sherazade e diz: ‘Conta uma historinha para o seu sultão’. É a coisa de você ter uma relação com humor, com divertimento e tem a coisa quente que o árabe tem, e que é muito parecida com a do brasileiro. A poligamia, de um modo geral, é bem aceita nas novelas. Tem o Tabaco, de 'Roda de Fogo', o Berilo, de 'Passione'. Aliás, novela normalmente é feita em cima de um triângulo amoroso.”

Mulher entende as cantadas
“A Clarissa, com quem sou casado há um ano e meio, entende maravilhosamente bem. Às vezes tem umas brincadeiras que ela fica meio assim. Já ouvi: ‘Deixa eu ser sua quarta Sherazade’ ou ‘Me dá um véu que eu vou te mostrar a dança’. A gente leva na esportiva, na brincadeira. Ela é muito parceira e fica feliz. Primeiro, porque está vendo o marido dela feliz, fazendo o que ama e tendo uma oportunidade legal. Acho que quando a gente ama de verdade, e reconhece a alegria, o amor no outro, acaba apoiando. Ela é minha base, me apóia totalmente e ainda diz que torce para o Farid terminar com as três mulheres! Tem gente que pergunta se ela não fica enciumada com os beijos que eu dou na novela, ela diz que não pensa nisso, só vê o personagem.”

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